A dependência química não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada. A escolha do tratamento se inicia com um diagnóstico realizado por uma equipe de profissionais multidisciplinares que avaliam cada caso. Dessa forma, é criada uma estratégia de tratamento personalizada que vise as necessidades do paciente.
Além da desintoxicação, que é uma etapa do tratamento em que se elimina as drogas do organismo, também são usados medicamentos e a psicoterapia. Em casos mais graves, pode ser necessária a internação, que pode ou não ser voluntária.
Os desafios para tratamento de dependentes químicos no Brasil passam por vários pontos. Em 2001, o Relatório Mundial da Saúde da OMS apontou a dependência química como uma doença relacionada aos transtornos psiquiátricos. Mesmo assim, com tanta informação na era da internet, as pessoas ainda não entendem alguns pontos importantes sobre essa doença.
O preconceito é uma das principais barreiras, pois as pessoas tendem a enxergar o dependente químico como alguém com má índole. O que muitos não sabem é que o vício se trata de uma doença que ocasiona desvios comportamentais sérios, ou seja, comportamentos que não seriam realizados pela pessoa em seu estado de sobriedade.
Muitas vezes, a própria família do doente não consegue lidar da melhor forma com o problema porque não é capaz de se libertar dos preconceitos que, no fim das contas, são fruto da desinformação. Há quem acredite que o dependente químico escolheu estar naquela situação, por isso, entender que se trata de uma doença é o primeiro passo.