Após a leitura da notícia, produza uma crônica em que o fato mencionado sirva de base para construção do texto você poderá criar uma história, usando a imaginação, a partir do acontecimento real. O fato pode ser utilizado para a abertura ou o desfecho do seu texto. Orientações: . A história deve ser narrada em primeira pessoa; . O enredo deve apresentar como complicação algum evento inusitado que esteja relacionado com a notícia lida. Seja criativo! . Crie ao menos três personagens para a história . Descreva claramente o cenário . Dê um título instigante ao seu texto Alguém me ajuda é urgente

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Respostas 1

Resposta:

A crônica é um gênero textual muito presente em jornais e revistas. Em geral, os assuntos abordados em textos desse tipo são voltados ao cotidiano das cidades – a crônica pode ser entendida como um retrato verbal particular dos acontecimentos urbanos. Os bons cronistas são aqueles que conseguem perceber, no dia a dia de suas vidas, impressões, ideias ou visões da realidade que não foram percebidas por todos. Embora não seja uma regra, as crônicas costumam tratar de assuntos mais leves e de um modo humorístico.

Veja também: Conheça outro gênero muito difundido na literatura.Características

A crônica é um gênero discursivo que mescla a tipologia narrativa com trechos reflexivos e, em alguns casos, argumentativos. A linguagem da crônica costuma ser leve, marcada por coloquialidade e, não raro, cada cronista tem seu estilo próprio no uso das palavras. Os temas comuns a esse gênero são os mais variados possíveis. Qualquer assunto cotidiano pode ser motivo de crônica. Por ser um gênero nascido na cidade, é comum que tudo que ocorra no ambiente urbano passe a ser escrito em forma de crônica.

Leia, a seguir, um trecho da última crônica feita por Carlos Drummond de Andrade, em 1984:

Ciao

Há 64 anos, um adolescente fascinado por papel impresso notou que, no andar térreo do prédio onde morava, um placar exibia a cada manhã a primeira página de um jornal modestíssimo, porém jornal. Não teve dúvida. Entrou e ofereceu os seus serviços ao diretor, que era, sozinho, todo o pessoal da redação. O homem olhou-o, cético, e perguntou:

— Sobre o que pretende escrever?

― Sobre tudo. Cinema, literatura, vida urbana, moral, coisas deste mundo e de qualquer outro possível.

O diretor, ao perceber que alguém, mesmo inepto, se dispunha a fazer o jornal para ele, praticamente de graça, topou. Nasceu aí, na velha Belo Horizonte dos anos 20, um cronista que ainda hoje, com a graça de Deus e com ou sem assunto, comete as suas croniquices.

Comete é tempo errado de verbo. Melhor dizer: cometia. Pois chegou o momento deste contumaz rabiscador de letras pendurar as chuteiras (que na prática jamais calçou) e dizer aos leitores um ciao -adeus sem melancolia, mas oportuno.

...]

A leitura do texto de Drummond permite perceber a leveza da linguagem, o tom coloquial – parece mesmo uma conversa descontraída com o autor. Além disso, o grande poeta ainda resume, com a precisão de artista, os possíveis temas de uma crônica – “cinema, literatura, vida urbana, moral, coisas deste mundo e de qualquer outro possível”.

Para saber mais sobre a última crônica de Drummond e um pouco da trajetória desse grande nome da literatura brasileira, leia: A última crônica de Carlos Drummond de Andrade.

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