Na Europa, quando o inverno cobria o mundo com seu cruel manto de gelo, a cigarra, como de costume, havia cantado sem parar o verão inteiro e, o inverno veio encontrá-la, desprovida de tudo, sem casa onde abrigar-se, nem folhinhas que comesse.
Desesperada bateu à porta da formiga e implorou emprestado uns miseráveis restos de comida. Pagaria com juros altos aquela comida de empréstimo, logo que o tempo permitisse.
Mas, a formiga era má. Além disso, invejosa como não sabia cantar, tinha ódio da cigarra por vê-la querida de todos os seres.
- O que fazia você durante o bom tempo?
- Eu... eu cantava.
- Cantava. Pois dance agora!
A formiga fechou a porta, e, mais à frente, a cigarra conseguiu ajuda com seu amigo coelho.