Resposta:
A Constituição de 1988 declarou a educação pública fundamental e secundária como um direito universal de todos. Dessa forma, segundo o livro “Modernização, Ditadura e Democracia (1964-2010)”, no capítulo População e Sociedade escrito por Herbert S. Klein e Francisco Vidal Luna, a quantidade crescente de matrículas em escolas nas últimas décadas provocou a queda do analfabetismo. No entanto, o Brasil enfrenta um problema social referente ao ensino: o analfabetismo funcional - dificuldade de compreender textos simples e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Nesse sentido, apesar da universalização da educação, ainda persiste a questão da qualidade. Primeiramente, a falta de investimento em setores básicos à educação provoca o sucateamento do ensino público e, consequentemente, a formação dos estudantes. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2001 apenas um quarto da população brasileira de 15 a 64 anos tinha plena habilidade para ler e escrever. Logo, a desvalorização dos profissionais da educação junto com a falta de verbas destinadas às escolas acarretou nesses números, mostrando que a educação precisa de ser mais valorizada para formar cidadãos que possam ser mais capazes de interpretar situações do seu cotidiano, como ler um jornal e conseguir entender o conteúdo e criticar.
Além disso, a preocupação do Governo Federal em conceder diplomas do ensino básico aos cidadãos para que o país caminhe rumo aos padrões de Primeiro Mundo favorece o analfabetismo funcional. Dessa maneira, ainda baseado no capítulo População e
Sociedade, os índices de evasão e reprovação caíram, enquanto o número de formandos subiu de 26% em 1985 para 43% em 1995. Entretanto, se a União valorizasse mais a qualidade do que a quantidade de indivíduos formados, o Brasil teria mais profissionais qualificados, assim, avançando para o desenvolvimento do país. Portanto, medidas são necessárias para reverter o número de analfabetos funcionais no cenário brasileiro.
O Governo Federal com o Ministério da Educação devem investir na formação dos estudantes oferecendo-lhes materiais didáticos e interativos de qualidade para melhorar o aproveitamento dos alunos referente ao processo de aprendizagem, além de capacitarem e incentivarem os professores a trabalharem o senso crítico dos alunos, por meio de cursos específicos e palestras através das verbas destinadas à educação.
Ademais, para os cidadãos que já terminaram o ensino médio e estão classificados nessa categoria, seria importante cursos presenciais ou à distância gratuitos para apurar e possibilitar o aperfeiçoamento da alfabetização, com o objetivo de torná-los capazes de utilizar a leitura, a escrita e as habilidades matemáticas para fazerem frente a seu contexto social